Imposto de Renda para Fisioterapeutas: Como Usar Carnê-Leão e Livro Caixa para economizar em impostos
Se você é fisioterapeuta, ainda não tem a sua empresa constituída e busca clareza sobre como tributar seu Imposto de Renda (IR) como Pessoa Física, saiba que o Carnê-Leão e o Livro Caixa são ferramentas imprescindíveis disponibilizadas pela Receita Federal para auxiliá-lo.
Neste artigo, vamos desvendar como você, atuando como pessoa física, pode tirar proveito dessas ferramentas para apurar de maneira eficiente o seu Imposto de Renda. Acompanhe e entenda como aplicar o Carnê-Leão e o Livro Caixa ao seu favor, maximizando sua tranquilidade financeira e evitando surpresas indesejadas.
O que são o Carnê-Leão e o Livro Caixa
O Carnê-Leão e o Livro Caixa são duas ferramentas disponibilizadas pela própria Receita Federal para que os profissionais da fisioterapia, que ainda não constituíram a sua empresa e que trabalham como Pessoa Física, possam fazer a apuração do seu Imposto de Renda.
O Livro Caixa é onde deverão ser escrituradas as receitas, que são os recebimentos. Ou seja, você, fisioterapeuta, prestou serviços, emitiu recibos para os seus pacientes e você irá utilizar a soma desses valores para escriturar como receita.
E claro, você tem também as suas despesas. Se você tem uma clínica, provavelmente você paga aluguel e também despesas como materiais de escritório, água, energia, internet, telefone, etc. Todas essas despesas podem ser utilizadas no Livro Caixa.
Por que é importante utilizar as despesas no Livro Caixa?
A anotação das despesas no Livro Caixa é importante para pagar menos imposto, tudo de forma legal e autorizado pela Receita Federal.
Para te mostrar como isso funciona na prática, vamos ver um exemplo. Imagine que seu valor recebido no mês foi de R$ 5.000 e algumas despesas foram lançadas no Livro Caixa.
A primeira despesa que pode ser usada para fins de comprovação de despesas dedutíveis no Livro Caixa, e que pode gerar algumas dúvidas, é o INSS. O INSS para aqueles que ainda não têm a sua empresa constituída e atuam como Pessoa Física, tem uma alíquota de 20%. Ou seja, nós temos 5 mil reais vezes os 20%, que resulta em R$ 1.000 a recolher para o INSS.
Mas atente-se que nem sempre serão esses 20%. Essa alíquota será limitada ao teto do INSS. Atualmente, esse teto está em torno de 7.500 reais. Isso quer dizer que um fisioterapeuta que recebe 10 mil reais, por exemplo, pagará 20% limitado ao teto e ele não irá calcular a alíquota sobre o valor que exceder os 7.500 reais.
Além do INSS, você teve o aluguel, material de escritório, internet, telefone, água e energia elétrica que somam R$ 2.200. Essas são as despesas que vamos usar para simular a apuração do Imposto de Renda em nosso exemplo, mas você pode ter mais ou menos despesas, dependendo de cada caso.
Essa é uma das razões pelas quais é importante contar com uma contabilidade mesmo não tendo a sua empresa. Porque é a contabilidade que vai fazer essa análise e que irá te dizer se pode ou não ser utilizada determinada despesa. Essa análise levará em conta a natureza da despesa e também o comprovante de pagamento e tudo isso será orientado pela contabilidade.
Em nosso exemplo, temos 2.200 reais de despesas e um faturamento de 5.000 reais, resultando em um valor líquido de 2.800 reais. É esse valor líquido que você irá utilizar para tributar o Imposto de Renda.
O Imposto de Renda da Pessoa Física é uma tabela crescente: quanto mais você recebe, mais você paga. Para o valor de R$ 2.800 de nosso exemplo, a alíquota é de 7,5%. Portanto, teremos 210 reais de Imposto de Renda.
Mas calma, ainda não é esse valor que você irá pagar. Na própria tabela do Imposto de Renda, a Receita Federal também disponibiliza uma parcela dedutível.
Parcela dedutível do IR
A parcela dedutível é uma parcela que, depois de aplicar a alíquota do imposto que você encontrou na tabela pelo valor líquido, você deverá descontar do valor total encontrado de imposto a pagar.
Em nosso caso, essa parcela dedutível é de 158 reais. Temos, portanto, 210 reais de Imposto de Renda com dedução de 158 reais, resultando em apenas 52 reais de Imposto de Renda a pagar.
Por que usar o Livro Caixa?
Se você não fizer esse processo usando o Livro Caixa e receber os 5 mil reais do exemplo, sobre esse valor, na tabela do Imposto de Renda já irá incidir uma alíquota de 27,5%.
Veja que é muito melhor você fazer apuração pelo Livro Caixa e pagar pelo Carnê-Leão o Imposto de Renda já deduzido das suas despesas que estão no Livro Caixa. Além disso, na própria legislação da Receita Federal este procedimento é obrigatório – seja você fazendo por conta própria ou contratando um escritório de contabilidade.
Com certeza, é muito mais vantajoso contar com o apoio de uma contabilidade especializada e ter mais tempo para se dedicar à sua clínica e aos seus pacientes.
Se você ainda tem alguma dúvida quanto a essa questão do Livro Caixa e do Carnê-Leão, entre em contato e converse com um de nossos contadores especialistas, teremos o maior prazer em te ajudar.
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