O Imposto De Renda Faz 100 Anos. Saiba Mais Sobre A Evolução Desse Tributo!

Blog - Master Contábil

Compartilhe nas redes!

Neste artigo, entenda sobre a história do Imposto de Renda no Brasil.

 

Terminado o prazo de entrega das declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física, as atenções se voltam para as restituições e para a temida malha.

O tributo, instituído no país através da Lei nº 4.625, de 31 de dezembro de 1922, nasceu com o nome de Imposto Geral Sobre a Renda.

Antes, em 1843, através da Lei nº 317 de 21 de outubro daquele ano, foi criada a tributação que atingia apenas os cidadãos que recebiam seus vencimentos dos cofres públicos.

A cobrança se assemelhava ao que hoje chamamos de tributação exclusiva na fonte, ou seja, não existia uma declaração para ajustar a base de cálculo do imposto.

Em 1924, por força do Decreto nº 16.581, de 4 de janeiro, foi publicado o primeiro “Regulamento do Imposto de Renda”, que organizava as regras vigentes. Desde então, foram 16 regulamentos publicados, sendo o atualmente vigente baixado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018.

O compilado contém 1050 artigos e regula a tributação pelo imposto de renda, tanto da pessoa física quanto da pessoa jurídica. O atual regulamento substitui o de 1999, que vigorou por quase 20 anos.

O ano de 1924 também marca a entrega da primeira declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física no Brasil.

Como a interpretação de questões tributárias sempre gera discussões, o chamado contencioso, logo em 1925 foi criado o Conselho de Contribuintes do Imposto de Renda.

A história do Imposto de Renda da Pessoa Física é recheada de diversos fatos interessantes, porém, enumerá-los deixaria nossa conversa muito longa. Deste modo, opto por destacar alguns que entendo relevantes.

Na linha da modernidade, hoje presente na forma de se cumprir a obrigação tributária acessória de entregar a declaração, destaco a evolução observada desde os primórdios, com a primeira declaração, em papel, de 1924, até a entrega digital, incluindo dispositivos móveis e online existentes atualmente.

A primeira declaração que pôde ser entregue através do uso do computador foi a do exercício 1991, ano-calendário 1990. Claro que, como toda novidade, teve uma baixa adesão no primeiro ano.

A entrega por meio eletrônico conviveu com a entrega em formulário até o exercício de 2010, quando, das mais de 25,5 milhões de declarações entregues, somente 127 mil contribuintes optaram por entregar a declaração em papel.

Outra análise que o Imposto de Renda da Pessoa Física deve receber é com relação à sua capacidade de promover a justiça social através da justiça fiscal.

Conforme consta na própria Constituição Federal de 1988, no parágrafo segundo do artigo 153, o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – este é o nome oficial do tributo – “será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei”.

Da norma legal, destaco a progressividade que confere ao tributo a capacidade de diminuir a vergonhosa desigualdade social hoje existente no Brasil, ao tributar mais quem ganha mais e tributar menos ou não tributar quem ganha menos.

Decorre da progressividade a existência das tabelas mensais e anuais por faixa de renda com alíquotas progressivas, conforme aumenta a renda.

Em artigos anteriores, aqui mesmo no Contábeis, abordei o uso do imposto de renda para a redução da desigualdade social. Destaco, entre outros, “Cobrar mais de quem já paga: um jeito preguiçoso de tributar”, de 10 de fevereiro de 2021, e “A reforma tributária necessária”, de 14 de setembro de 2021.

E antes de encerrar, meus agradecimentos ao colega, auditor-fiscal aposentado, Cristóvão Barcelos da Nóbrega, o maior historiador do imposto de renda do Brasil, de cujos textos de sua autoria extraí os dados históricos aqui utilizados.

E para comemorar os 100 anos do imposto de renda, sob a batuta do Cristóvão, foi lançada, no dia 30 de maio, a série de vídeos intitulada “Passado e Presente nos 100 anos de Imposto de Renda no Brasil”, com novos episódios a cada dez dias.

Fonte: Contábeis

Compartilhe nas redes:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Posts Relacionados

Impostos no Simples Nacional pra clínica popular

Descubra os Benefícios do Simples Nacional para Clínicas Populares   Imagine atuar em uma clínica multiprofissional, como médico, dentista, psicólogo, fisioterapeuta ou nutricionista, e ainda pagar menos impostos legalmente. Isso é possível com o Simples Nacional!   Descubra como o

Tributação para Psicólogos pessoa física

Psicólogo Pessoa Física: como tributar da maneira certa e ainda economizar em impostos   Muitos psicólogos que atendem como Pessoa Física e emitem recibos para seus pacientes ficam perplexos ao ver o quanto de imposto devem pagar por mês ao

Carnê-leão e Livro Caixa para Fisioterapeutas

Imposto de Renda para Fisioterapeutas: Como Usar Carnê-Leão e Livro Caixa para economizar em impostos   Se você é fisioterapeuta, ainda não tem a sua empresa constituída e busca clareza sobre como tributar seu Imposto de Renda (IR) como Pessoa

Como Abrir uma Empresa Individual para Médicos.

Sociedade Limitada Unipessoal: a solução para médicos iniciantes que desejam abrir uma empresa.     Você saiu da faculdade de medicina há pouco tempo, ainda não quer montar sua própria clínica, mas descobriu que para dar plantão no hospital vai

Precisa de uma contabilidade que entende do seu negócio ?

Encontrou! clique no botão abaixo e fale conosco!

Recomendado só para você
Gestão inteligente dos documentos fiscais e tributação correta são processos…
Cresta Posts Box by CP
Back To Top

Baixe Grátis Preenchendo o Formulário Abaixo com seu Nome e E-mail:

Não deixe seu negócio sem uma

Contabilidade Especializada

Solicite uma proposta agora!